Desde o dia 1° de dezembro, as empresas japonesas com mais de 50 funcionários passaram a controlar o nível de estresse de seus empregados uma vez ao ano. A medida do governo japonês tem o objetivo de prevenir desordens mentais entre os trabalhadores do país, que registrou um aumento no número de assalariados que adoecem devido ao estresse laboral.

A partir de agora, os funcionários das empresas japonesas devem preencher anualmente um questionário sobre o ambiente e as relações no trabalho, assim como detalhar mudanças em suas condições físicas e mentais. Os trabalhadores que apresentarem resultados que apontem “estresse elevado” serão encaminhados a médicos. Os médicos deverão concluir se a empresa deverá reduzir sua carga laboral ou transferi-lo de setor.

De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde japonês, cerca de metade dos trabalhadores do Japão se queixam de “ansiedade e estresse” relacionados ao trabalho. Por isso, o ministério destaca a “necessidade” de cuidar da saúde mental dos trabalhadores do país. O Japão possui 130 milhões de habitantes e somente 500 receberam benefícios por depressão ou desordens mentais no primeiro trimestre de 2015.

Segundo o porta-voz do Ministério da Saúde japonês, Katsutoshi Tsukamoto, o acompanhamento do estresse no ambiente de trabalho ajudará a prevenir transtornos mentais e melhorará o ambiente nos escritórios e fábricas do país. Vale ressaltar que os altos níveis de estresse entre os trabalhadores não são um problema de saúde pública apenas no Japão: países da Europa e os Estados Unidos também mostram preocupação com o assunto.

Na Europa, o estresse é o segundo problema de saúde mais frequente relacionado ao trabalho. Nos Estados Unidos, um terço dos trabalhadores sofre de quadros de estresse crônico no trabalho.

Fonte: Agências de notícias